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CEIOC • Coleção Entomológica do Instituto Oswaldo Cruz

Histórico


Síntipos de Anopheles lutzi Cruz, 1901.
Primeiros espécimes-tipo depositados na
Coleção Entomológica do Instituto Oswaldo Cruz.
A Coleção Entomológica do Instituto Oswaldo Cruz, CEIOC, é a mais antiga coleção biológica da Fundação Oswaldo Cruz. Foi iniciada em 1901, ano em que o próprio Oswaldo Cruz descreveu o mosquito Anopheles lutzi, publicando o primeiro artigo científico da instituição (então Instituto Soroterápico Federal) e depositando os primeiros espécimes-tipo da Coleção. Nos anos seguintes, muitas outras espécies de mosquitos e moscas, além de carrapatos, foram descritas por ele, Carlos Chagas e Arthur Neiva.

O material obtido desde as primeiras expedições científicas da Instituição, no início do século XX, contribuiu para o crescimento da CEIOC e representa um registro da biodiversidade em um contexto histórico-científico. Na década de 1950, a Coleção consolidou-se nos moldes atuais ao incorporar os insetos que estavam no Laboratório de Helmintologia, sendo então abrigada em uma estrutura metálica de três andares localizada no 2º andar do Castelo Mourisco.

Em 1970, durante o regime militar, ocorreu o episódio conhecido como “Massacre de Manguinhos”, termo cunhado por Herman Lent em 1972. Esse fato marcou catastroficamente a história do Instituto Oswaldo Cruz, pois dez de seus pesquisadores foram cassados, sendo três deles entomólogos: Herman Lent, Hugo de Souza Lopes e Sebastião José de Oliveira.

Toda a estrutura física da Coleção foi completamente desmantelada e os armários contendo material científico foram transportados, em condições inadequadas, para o porão do antigo prédio do Hospital Evandro Chagas, no campus de Manguinhos. Esse ato ocasionou perdas e danos irreparáveis a inúmeros espécimes e documentos.


Modernas instalações da Coleção
Entomológica do Instituto Oswaldo Cruz.
Em 1976, a Coleção retornou ao 2º andar do Castelo Mourisco, mas sem a estrutura de antes. Essa situação permaneceu até 2008, quando foi concluída uma grande reforma e restauração das salas 210 e 215, que atualmente abrigam a CEIOC. A coleção é mantida em modernas estantes deslizantes dispostas em três andares, proporcionando melhor acondicionamento para os espécimes e maior espaço para o crescimento da Coleção.

O resgate de espécimes desaparecidos durante o “Massacre de Manguinhos” foi iniciado em 2005, quando 8.554 dípteros distribuídos em 35 famílias, sendo 99 tipos, foram localizados no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo e reincorporados à Coleção Entomológica do Instituto Oswaldo Cruz.


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