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CEIOC • Coleção Entomológica do Instituto Oswaldo Cruz
A Coleção Entomológica do Instituto Oswaldo Cruz, CEIOC, uma das mais importantes da América Latina, tem cerca de 5 milhões de espécimes da fauna brasileira e de outras regiões do mundo, representando quase todas as ordens conhecidas de insetos. Seus espécimes são de grande relevância para pesquisas nas áreas de saúde pública, medicina veterinária, agricultura e biodiversidade. A maioria está preservada a seco em alfinetes entomológicos, havendo também muitos insetos em álcool a 70% ou montados em lâminas.

Fig 1. Gaveta com espécimes-tipo preservados a seco Fig 2. Lâminas com espécimes-tipo. Coleção Fábio Werneck

A CEIOC é composta por uma Coleção Geral (aberta para depósitos) e pelas Coleções Históricas (fechadas para depósitos), estas organizadas por grandes pesquisadores que em sua quase totalidade trabalharam no Instituto Oswaldo Cruz. Merecem destaque por sua relevância histórico-científica, pela quantidade significativa de espécimes-tipo depositados e pela memória dos seus antigos curadores:

  • Adolpho Lutz – Cerca de 12.000 espécimes de Diptera, representando as famílias Culicidae, Tabanidae, Blefaroceridae e Hippoboscidae, coletados por esse pesquisador, além de César Pinto e Oliveira Castro, entre 1900 e 1940.
  • Costa Lima – Cerca de 35 mil espécimes de várias ordens de insetos, com quase 90% identificados até espécie.
  • César Pinto – Diferentes grupos de insetos preservados em 1.700 tubos, com cerca de 60% do material identificado até espécie, e em 1.650 lâminas, com todo o material identificado.
  • Fábio Werneck – Espécimes de Phthiraptera preparados em aproximadamente 4.100 lâminas, além de inúmeros outros acondicionados em 373 tubos com álcool a 70%.
  • Hugo de Souza Lopes – Alguns espécimes de Diptera de diversas famílias e vários espécimes de insetos termitófilos identificados até gênero, acondicionados em 75 frascos com álcool a 70%.
  • Joseph Zikán – Diversificada, com cerca de 150 mil espécimes basicamente da fauna do Parque Nacional do Itatiaia, no Estado do Rio de Janeiro. Destacam-se as coleções de Lepidoptera (57.329 espécimes), Coleoptera (56.744 espécimes) e Hymenoptera (32.785 espécimes). Foi adquirida pelo Instituto Oswaldo Cruz em 1952.
  • Lauro Travassos – Constituída por 22.210 espécimes de lepidópteros da família Arctiidae, além de outros 19.899 de várias ordens, identificados até família, gênero ou espécie.
  • Otávio Mangabeira – Aproximadamente 1.632 espécimes de flebotomíneos preservados em lâminas. A maioria está identificada até espécie.
  • Sebastião de Oliveira – Composta por 50.000 dípteros da família Chironomidae. Parte do material está preservada em álcool a 70% e parte em alfinetes entomológicos. Cerca de 70% dos espécimes estão identificados até gênero.
Os dados dos espécimes da Coleção Entomológica são disponibilizados on-line por meio da rede speciesLink, desde 2011. Artigos científicos com listas de tipos têm sido publicados desde 1993. Catálogos de espécimes e check-lists de espécies de diferentes ordens estão sendo preparados.

O sistema de gestão da qualidade pela Norma ISO/IEC 17025 está sendo implantado desde 2010.
Espécimes da Coleção Entomológica têm sido utilizados em análises moleculares. Em 2008, resultados de uma pesquisa em malária foram publicados com base em material do mosquito Anopheles gambiae depositado na CEIOC. Sequências genéticas de barbeiros do complexo Triatoma brasiliensis têm sido empregadas em estudos de sistemática. A Coleção também participa da iniciativa BrBOL – Rede brasileira de identificação molecular da biodiversidade (CNPq), pelo projeto Identificação Molecular de Parasitos e Vetores do Brasil.


Fig 3: Sala de Exposições Costa Lima
A atuação em divulgação científica merece destaque, com a participação em eventos e organização de exposições, além da produção de material educativo.

Em 2010, foi lançado o e-book “Insetos: uma aventura pela Biodiversidade” (www.ioc.fiocruz.br/livroinsetos), em referência ao Ano Internacional da Biodiversidade, declarado pela ONU.

A CEIOC mantém a Sala de Exposições Costa Lima (www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=133) como espaço para educação em ciência, abordando os temas “A Explosão Estética da Biodiversidade Entomológica” e “Vida e Obra de Costa Lima”.
As visitas são organizadas pelo Museu da Vida (Casa de Oswaldo Cruz) (Tel.: 21-2590-6747).

O projeto “Jardim para borboletas” (Jardim para borboletas), em Petrópolis, destaca as diferentes fases de vida desses insetos. Esta iniciativa é aberta ao público.



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